Depressão

Saída exposta pela luz da consciência abalada

Sente em demasia o velho medo dimanar

Então procura a entrada na casa desabitada

Para erroneamente demarcar seu lar

Dignifica qualquer ausência sem demonstrar sua tristeza

As portas fechadas levam à loucura abstrata

Faz então do reflexo a mais pura demonstração da beleza

Para sorrir perante aquela imagem barata

O quarto trancado oferece a calma desejada

As cortinas barram as investidas do ceticismo

Repara que sonha e canta de mãos atadas

O estigma da derrota é o inocente heroísmo

Herda o sofrimento de uma jornada inacabada

Observa o ciclo, que se completa perfeitamente

Julga certo cuspir palavras de forma deliberada

Enquanto abdica-se do medo que há tanto sente, e sente.

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 21/01/2018
Código do texto: T6232420
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