“EU SOU”
Poema
De
Flávio Cavalcante.
Eu sou um pó ainda em névoa
Acho que vim de uma galáxia
De uma poeira de estrelas
Sou um sol ainda enternecido
Um vulcão ainda mórbido
Uma chama apagada
Um grão de areia perdido no deserto
Eu sou uma árvore sem fruto
Sou um começo e não um fim
Um imenso mundo duvidoso
Mas sou uma semente
Uma centelha que a qualquer
Momento pode acender
E aí aquecer,
O coração ainda embrutecido
Pronto pra germinar e amar
Abrir uma porta, uma janela
Descampada para uma longa estrada
Aberta para o amor