Autonomia
Às vezes digiro o que não comi,
E sob estrelas que não escolhi,
Durmo sem teto, sem céu e luz,
Faço o verso que não se traduz.
Às vezes atiro no que não miro,
No cavalo de carrossel em giro,
Nego a tudo acima dos ombros,
E sobre a face meus escombros.
Às vezes digiro o que não comi,
E sob estrelas que não escolhi,
Durmo sem teto, sem céu e luz,
Faço o verso que não se traduz.
Às vezes atiro no que não miro,
No cavalo de carrossel em giro,
Nego a tudo acima dos ombros,
E sobre a face meus escombros.