POEIRA NOS TELHADOS
POEIRA NOS TELHADOS
Olhei a seguir as estações
Pelas mãos peguei o sol e o vento.
Conheço as Almas dos poetas
Guardei em meu bau algumas de suas palavras.
Pela janela vi algumas borboletas
Voando na entrada da noite.
Minha imaginação está a tomar sol
Na varanda
À meu lado vejo gente feita de barro
Surgindo das entranhas da terra,
Por isso as flores caem das suas mãos.
Existem almas justas feitas no sossego de cada tristeza e
Na curva da estrada ouço meus pensamentos.
Meus pensamentos fazem ruidos.
A chuva de vento pinga poeira nos telhados.
Incômodo me vez e outra com os chacais.
Meus sonhos de poeta são como a poeira à molhar os telhados.