Vulto de Mulher
Sentado na pedra, no alto da serra,
ouvindo a sinfonia no canto dos pássaros.
Água fria na nascente,
descendo, rimando com o canto dos pássaros.
Nu, na alma nem lembra,
que ali não existe ninguém.
O verde sopra seu cheiro.
Levanto a caminho do seu corpo.
Sua imagem, na mente é abraçada.
O encontro me deixa extasiado.
Sem palavras, abano seu calor.
O arrepio do medo me faz calar.
Seu suor é como perfume de mulher.
Seu corpo me faz medo.
Quero tocá-lo, tenho medo.
A dúvida me faz desistir.
Corpo moreno nunca visto,
veio para atormentar.
Outro corpo hibernado,
o susto faz se aproximar.