¿PARA SEMPRE NO DESERTO ELES DORMEM?
I
No deserto existe neblina,
no deserto dos escorpiões voadores,
é uma dimensão horrenda depois do sumo Sol à lua,
na noite estrelas não mais brilham,
neste deserto de frio e insônia nevegam os piratas,
piratas que mergulham nas areias dos sonhos,
roubam as fantasias e aportam nas ilhas de desesperança.
II
Quando no deserto chove e orvalhos queimam o pó,
no deserto de miragens do amanhã muita ladroagem e gargalhadas,
queimadura das gotas de ouro em pleno Janeiro azul,
do fundo da terra petróleo flui e nos lava por quimeras,
neste deserto de duendes narigudos e chapéus de safiras...
Fadas piratas do mundo inefável és minha Redenção cálida.
III
Deserto, deserto, desértico e visceral na loucura de gnomos,
é o grito de piratas no deserto aclamante e surrealista,
duendes dançam com fadas e arriscam passos de fogo,
piratas navegam entre sonhos e as dormencias da flor em violentas frenesís...
No sonho perdura os desenhos de anjos negros e de asas de prata e ônix, dentre fadas nuas que encantam cogumelos,
no sonho deste deserto cruel aos debulhadores das dúvidas em chuva e por do Sol em Fevereiro não mais será,
duendes de dois metros de altura levam Redenção pro mundo amarelo quando depois do Carnaval aflora dívidas à Summerland de ceareses na escapável Anastácia deste fim dourado.