IMPOTÊNCIA
Estranhamente,
O que não se espera
desaba sobre cabeças
e faz estragos.
Fatais estragos.
A motoniveladora
Serra hipóteses,
Corta à flor da terra
E chega em rasgos
No mais profundo veio.
A impotência domina,
Não sana dores.
Pernas e braços atados
Aos olhos da indignação.
Pensar em quê
Diante da situação?
Impossível arrastar
Mais esta corrente
A ferir-nos os tornozelos.
Exaustão.
Volta o sofrimento
À estaca zero.
Dalva Molina Mansano.