Correntes.

Cartas escritas com prantos,

Gotas de sentimentos,

Que escorrem pelos olhos,

revelando um coração que sangra.

Tua dor é silenciosa e invisível.

Tua ferida é profunda,

Mas ninguém pode ver.

Fizestes em milhões de pedaços,

Sem perceber.

E hoje como se reconstruir?

Em meio a outras formas de se fragmentar.

Tentar se remontar,

Mas quando parece estar completo,

Tudo se desmonta novamente.

Tua semente parece não florescer,

Teu coração parece não cicatrizar.

Tuas dores são fortes demais

Para se esconder em um riso frágil.

Em algum lugar no meio do caminho,

Você se perdeu.

E quem és hoje,

A não ser um estranho dentro de si.

Poucos são heróis o suficiente,

Para conseguir superar esses cortes profundos.

Você precisa de ar,

Precisa de luz,

Esperanças gigantes que rompam a escuridão,

Que te liberte do do gelo que o aprisiona.

Que o faça conseguir correr,

Que o faça conseguir gritar,

Chorar e expelir toda dor que o tortura,

Que o mata aos poucos.

Você necessita de uma força que desconhece,

De um abraço que o aquece.

De mão fortes que rompam as correntes que o envolvem,

Que ilumine as sombras que o cerca.

Para que possas voltar a sorrir,

Para que possas voltar a viver,

E voltar a ser,

Aquela pessoa que você sempre quis.

Lutas para tentar