Mágoa

Feri-me com sua lâmina oh desprezível

sentimento que me tortura.

Nas grades infinitas do invisível

és tu que tenho como clausura.

Ave das trevas, oh ave dos lúgubres cantos,

aqui no peito

com lágrima e pranto seu ninho

por isso tivestes feito,

por isso, pra mim sofrer-te sempre sozinho.

As noites que os luares à mim não trazes

á paz, rastejando vem-me silenciosa...

E dos abismos que vens o passado fazes

tornar-te em caos meu presente oh tenebrosa.

Que me acompanhas desde outrora

como uma sombra que ia

perto de mim...

Serena e rindo há dizer-me que iria

seguir-te comigo até o fim.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 18/01/2018
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