Curiosa mente nas estradas

Na estrada tortuosa e única da vida

Quando a máquina do homem nos leva além

Quando globalizamos o olhar

Quando o mundo é o nosso lar

Todos os cachorros de rua são nossos

Todas as senhoras são vizinhas

Todos os gatos azuis

Todas as pessoas

Amigas, conhecidas, inimigas, parecidas

As faces humanas são paradoxais

Se repetem em sua própria diversidade

O ar dos campos é nosso

Respiramos, para então devolvê-lo para sempre.

Volvemos pelas estradas

Sentimos a paisagem surgir, num crescente ..

enquanto desaparece, rapidamente

Assim como as nossas sensações

Quando o fim de um momento acontece

Tudo é transitório, especialmente nas estradas

Vivemos aquele espaço, que não é nosso

Lhe damos as nossas formas

Mesmo por um breve momento

Descendo a serra...

Indo fundo ... ao vale d'outras vidas

N'outras roças

Vendo aquelas casinhas campestres

Pensando como seria, se sempre vivesse ali

Se aquela janela ...

À empatia

À alma que esquece o corpo

A busca que é sempre pelo outro

A imaginação do que nunca aconteceu

 

Os céus que as estradas elevam

O tempo, que o fim das estradas deixam

O vento que o sorriso enfeita

A curiosa mente apenas se deleita

Cada trecho é um olhar

Cada beleza, um sonhar

Cada vento, respirar

Cada curva, despedida