Assim caminha a humanidade

Neila Costa

Vestido em velho blue jeans,

O jovem-adulto pára no tempo

E se acha um James Dean,

Com sua jaqueta de couro...

Mas se esquece que na vida

Não passa de mero calouro,

Apenas um simples mortal.

Mesmo assim o ser humano

Dirige alcoolizado

E, tanto faz, se na semana

Ou durante o seu final!

E se quem atropelou

É humano ou animal.

Um tremendo tresloucado!

Gente assim

Vem se estendendo

Tal e qual bicho cupim!

Igualmente, os assaltantes

Com suas metralhadoras,

Bombas, facas e punhais,

Invadindo residências,

Ônibus, mercados e tais!

Gente, que coisa infernal!

Quando chega a policia, então...

É um Deus nos acode!

É um corre-corre,

É bala perdida que explode...

Só Ele pra nos livrar do mal.

E o bandido ainda tem a cara de pau

Pra dizer que é doente mental!

O malfeitor aterroriza a favela,

Usa crianças pra vender sua droga,

Estupra a donzela,

Mata o seu pai,

Faz a família passar vergonha...

A polícia o põe pra correr,

Ele disfarça... E da favela não sai!

Ainda acha que é fama

Aparecer nos jornais.

Menos para bem do que para mal,

São muitos os sinais...

Escravizada pela triste realidade

Vive hoje a sociedade

Sitiada por tantos desmandos...

“Assim caminha a humanidade”!

Neila Costa
Enviado por Neila Costa em 17/01/2018
Código do texto: T6229122
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.