LABIRINTO DA SOLIDÃO
Sem nem um passo para suar o tic-tac
sob seus paralelepípedos, pontiagudos,
as calçadas encontravam-se sozinhas...
As ruas movidas por suas tenras solidão,
nem denunciavam, vultos a se esgueirar
pelas sombras das suas tristezas.
Não tinha ventos, não tinha lagrimas
os rostos denunciavam choros em seus
semblantes pálidos... Enquanto o sol
caia pelo desuso da tarde, as luzes
pendulas em seus soquetes, anunciavam
suas amarelas chegadas. Em fim, descia
a noite e essa se fazia fria, a esperança
agora, era apenas um fio invisível a
perambular pelo labirinto do sonho.
Antonio Montes