LABIRINTO DA SOLIDÃO

Sem nem um passo para suar o tic-tac

sob seus paralelepípedos, pontiagudos,

as calçadas encontravam-se sozinhas...

As ruas movidas por suas tenras solidão,

nem denunciavam, vultos a se esgueirar

pelas sombras das suas tristezas.

Não tinha ventos, não tinha lagrimas

os rostos denunciavam choros em seus

semblantes pálidos... Enquanto o sol

caia pelo desuso da tarde, as luzes

pendulas em seus soquetes, anunciavam

suas amarelas chegadas. Em fim, descia

a noite e essa se fazia fria, a esperança

agora, era apenas um fio invisível a

perambular pelo labirinto do sonho.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 17/01/2018
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