OS BARCOS
Eu, sentado à beira da praia
Vejo um barco ali, outro cá.
Presos ao sabor das águas
E me ponho a chorar...
Enfrentando duras vagas
Contra tais se põem a lutar.
Um, ferido, n’outro resvala
E os dois começam a afundar.
Que loucura a nós maltrata?
Que vida esta do mar?
Que perigo nos assola?
Quem irá nos salvar?
Vejo um barco ali, outro cá...
Sozinhos a se consolar.