Amor próprio
É difícil lidar com a solidão, né? Olhar de um lado para o outro e perceber que não te resta ninguém. Todo mundo foi embora e você se encontra aí no meio do nada lhe excedeu.
Mas aí, talvez, é que você se engane. Se olhar bem ao seu redor vai perceber que lhe resta você. Sim, você! Com todas as suas qualidades incríveis e defeitos notáveis. Com seu carisma, ou até mesmo a falta dele.
Imagino que possa ser difícil de acreditar, mas estar com você é bom pra caramba! Você é incrivelmente capaz de se satisfazer, de se alegrar, de se entreter sozinho. Não me entenda errado, tenho consciência de que é prazeroso ter com quem partilhar momentos e histórias, sejam eles bons ou ruins.
Mas você já esteve no meio desse nada tantas vezes, não foi? Fica até difícil de acreditar ser bom o bastante para alguém. Mas acredite e seja bom consigo mesmo.
Aprenda a apreciar a sua própria companhia, a sua risada de quando não tem ninguém por perto e você acabou de ver uma coisa boba e engraçada que te alegrou, o cheiro da sua pele, o formato do seu rosto, o som da sua voz.
Aprenda a apreciar a sua consciência, o grilinho falante que não te deixa em paz uma hora sequer.
Aprenda a apreciar cada detalhe minucioso da sua personalidade que não agride e não machuca ninguém. Aprenda que às vezes ir ao cinema consigo mesmo é uma experiência maravilhosa. Ou ouvir aquela playlist favorita e dançar pelos quatro cantos da casa quando ninguém estiver olhando, até porque os únicos aplausos de que precisa são os seus.
Aprenda a lidar com seus erros e, se preciso, consertá-los; aprenda a se parabenizar pelos acertos e conquistas também. Aprenda a se respeitar e perceba que você faz parte de algo grande e ocupa um lugar no mundo que é só seu.
Aprenda a apreciar o teu jeito e aprenda que se você não for suficiente para o outro, basta que seja pra si mesmo.