Então imagino nenhuma cor, nada, adeus à aquarela
dos pintores, de todas as escolas,
nem o amarelo tonitruante da primavera
nem o cinza cúmplice dos invernos e da reflexão.
Não há cores no poema não dito nem pensado
não há tema, não há proposta, nada
Não quero enternecer consciências, ou seduzir amantes
penso em um pensamento que não pensa
em um querer que se imobiliza no vórtice.
O vazio sem cor é meu multiverso, fuga
sem filosofias ou hipóteses verificáveis
dialética construtiva ou abortiva...
O que sei é o nada e o nada não me sabe
e nem me incomoda com noites insones.
O conforto das escolas fechadas, as fachadas
enegrecidas pelo limo do suave descanso...
O poema incolor perdeu-se nos corredores de milhares de vozes
(este barulho insuportável feito pelos sábios)
e não será solidário, nem presente, nem doce
será absolutamente incolor, com a cor
dos meus olhos permanentemente cerrados.
dos pintores, de todas as escolas,
nem o amarelo tonitruante da primavera
nem o cinza cúmplice dos invernos e da reflexão.
Não há cores no poema não dito nem pensado
não há tema, não há proposta, nada
Não quero enternecer consciências, ou seduzir amantes
penso em um pensamento que não pensa
em um querer que se imobiliza no vórtice.
O vazio sem cor é meu multiverso, fuga
sem filosofias ou hipóteses verificáveis
dialética construtiva ou abortiva...
O que sei é o nada e o nada não me sabe
e nem me incomoda com noites insones.
O conforto das escolas fechadas, as fachadas
enegrecidas pelo limo do suave descanso...
O poema incolor perdeu-se nos corredores de milhares de vozes
(este barulho insuportável feito pelos sábios)
e não será solidário, nem presente, nem doce
será absolutamente incolor, com a cor
dos meus olhos permanentemente cerrados.