Epístola de Paulo.
AS LÁGRIMAS.
POESIA DE
HONORATO RIBEIRO.
Lágrimas que caem
Na despedida de alguém
Amada e querida,
Que parte para longe
Para outras plagas!
Lágrimas de emoções
Ao ouvir belas canções
De um menestrel e os mecenas
Ouvem a sua voz, sua música,
Madrigal e elas rolam e caem!
Caem e rolam na face
Da jovem Julieta apaixonada
Pelo seu utópico Romeu!
Elas caem de saudades,
Da perda do seu amor!
Ó lágrimas, epistolar de Paulo,
Quando escreveu e não chegou
Ao destino e sumiu, sumindo!
Chorando e ela, as lágrimas,
Nunca se sabe onde se escondeu!
As lágrimas de Paulo, o apóstolo,
Não chegou a seu destino,
A fim de saber, quantas lágrimas
O apóstolo chorou sozinho!
Os amigos o abandonaram!
E as lágrimas eternizaram,
No peito, profunda da dor,
Da solidão, da ingratidão,
Tão profunda como o rasgar
Dos pregos cravados nas mãos!
Do Cristo Homem chorou a dor!
Chorou sangue e não lágrimas!
A hematidose profunda jorrou!
Emocional no Horto da agonia!
Que lágrimas! Que dor sangrenta!
Mas as lágrimas que há nos olhos
Salgada, salobra, salvífica a de Jesus!
Na cruz de madeira suspensa
No ar, mas as lágrimas rolaram!
Caíram como orvalho e nasceu!
Bem ali, bem ali ao pé da cruz
A fulô do maracujá chorando
Nasceu roxa ao derramar
As lágrimas de sangue do Cristo
E as lágrimas Dele é a fulô!
Do maracujá, mas a minha
Lágrima e a de Paulo não
São lágrimas salgadas em gotas,
Mas da tinta escrita em papiro,
Em mensagem divina em Pastoral!
Eu choro, tu choras nós choramos!
E as lágrimas que caem no chão
Que a gente pisa, cospe e deita,
Jamais sairão da nossa mente;
Pois elas não caem à toa: Sentimental!
“O homem que é homem não chora...”
Chora por paixão, por amor e por perda
De alguém amada que partiu daqui
Pra outras plagas do além, talvez
Em outra dimensão misteriosa!
Mas as lágrimas do amor e do perdão
É esta que deixa no peito profundo
Uma saudade que somente nós cá
Do Brasil sentimos bem dentro
Como um segredo sagrado do AMOR.
hagaribeiro.