O Homem e seus Três pontos...

Um homem e seus três pontos...

Ansiando boas novas

De feitos que não são prontos

De vidas que não são trovas

Cantando interrogações

E nelas se fez romeiro

Preso em suas convicções

Luxo, o próprio cativeiro

Não bastou própria clausura

Nela formulou suas crenças

Pra fugir da vil luxúria

Vírus, tão comum, doença...

Leis que a crença precedeu

Sentido em ser e estar

Esquivando do servil

Direito de não pensar

Sem perder a dignidade

Nem a alheia usurpar

Quer leveza em sua verdade

Não quer tanto se cobrar

E sem ser inconsequente

Pra fazer não quer razão

Nunca fora paciente

No após a compreensão

Contemplou o horizonte

Mesmo estando de passagem

Como se findasse a fonte!

Deleitou-se com a paisagem

O fez por seguidas vezes

Dias se tornaram semanas

La se foram alguns meses

Até chegar o enfado... Raça humana...

Contrariando o próprio senso

Contemplar não lhe bastava

Ao adverso foi propenso

Guerra alguma lhe faltava

Foi pluma no entardecer

Vento não robou-lhe o brio

Incapaz de esquecer

Quer da paz o equilíbrio

Tem a vista do poente

Acentuação nos contos

Parcimônia a lei vigente

E é claro, os três pontos...

Samuka Souza

Samuka Souza
Enviado por Samuka Souza em 13/01/2018
Reeditado em 13/01/2018
Código do texto: T6225375
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