Como a esperança
O passado faz o tamanho da vida
Para seguir o caminho em escalas
Entre a claridade da chama e a sombra
O tempo entra na margem à toa
No escuro surge a esperança
Caída do abismo
Na sincronia em frente ao tempo
O óbvio existe como a tradução do nada
Uma voz ecoa no alto da pauta
Perfumando a claridade do acaso
Na margem apagada de um sonho desnudo
A esperança relega o desenho que decalca a vida
Sempre forjando um desvio para escoar na luz
Uma voz surge na fragrância lida
O tempo resgata os primeiros prantos
Através do cansaço doloroso da rosa
Marcada em pétalas como a esperança
Quando chega bem perto dos olhos
Deixando viva a sua face molhada
No dia claro da idade em flor
A vida fratura o silêncio
Que vagueia em absoluta escuridão
No propósito da esperança é quase tudo
Com passos breves e harmoniosos
E a esperança vem com a sombra da luz