ELEFANTE

ELEFANTE

Elefante passa pela cozinha

Com sua habitual sutileza

Pouco importa ninguém o vê

Todos indistintos remoem

Seus intestinos

Absorvidos e sorvidos pelos mosquitos

Dengue, zika, chicungunha, febre amarela

Descalabros da não saúde

Em ministérios sem mistérios

E a cada dia uma não alforria

Reformas disformes

Preservam nababos e uniformes

E lá vai o elefante

Por aqui é só mosquito

Maldito infinito

Na água parada

Cheia de sujeira e dejeto

De elefante

Aliás

Em manada

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 13/01/2018
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