ELEFANTE
ELEFANTE
Elefante passa pela cozinha
Com sua habitual sutileza
Pouco importa ninguém o vê
Todos indistintos remoem
Seus intestinos
Absorvidos e sorvidos pelos mosquitos
Dengue, zika, chicungunha, febre amarela
Descalabros da não saúde
Em ministérios sem mistérios
E a cada dia uma não alforria
Reformas disformes
Preservam nababos e uniformes
E lá vai o elefante
Por aqui é só mosquito
Maldito infinito
Na água parada
Cheia de sujeira e dejeto
De elefante
Aliás
Em manada