EM NOVEMBRO, O NATAL PARECE LONGE

às vezes fico pensando

nessa poeira quente da estrada

quase delirando sob a vertigem

das lembranças de coisas

que nunca passam

das coisas que já passaram

e das coisas que estão por aí

tudo parece igual

nada é igual

tudo é indiferente:

o tempo a distância as pessoas

que parecem normais

em outubro eu já tô esperando

as férias de janeiro

mas antes tempos que superar

as perdas de novembro e dezembro

antes temos que remover

as pedras de novembro e dezembro