Fantasma de Mim
Segunda cruel e primeira...
Segunda e última de vez,
Secou meus olhos e inundou meus anos...
De você.
Lutei por nós e no final pra mim mesmo...
Difícil realidade em tranças e tramas...
Dividem subtraem...
Dias de fraqueza e covardia sua máscara...
Anos que passaram e passarão...
É uma questão das primaveras...
Em flores sem você.
Colhendo espelhos refletidos...
É melhor colher agora o fruto verde,
Que encontra-lo no chão apodrecendo
É verdadeiro o que se move o tempo todo...
Buscando um lugar para derreter-se e desmanchar na terra...
Licoroso e sem nutrientes...
Sugado e forma lamacenta...
E meu pensamento o molda conforme a lembrança toca...
E sem saudade se desfaz em suas mãos, o tempo...
E nada morre numa grande força de amor...
Quanto mais se perde, mais se ganha...
Mais penetra, mais impregna...
De você em mim.
É tanto amor amordaçado, amarrado...
Mudo, transpirado e solitário...
Que me sinto um fantasma de mim.