Meus Caminhos
Meus Caminhos...
Tantos foram os caminhos, que até perdi as contas...
... Das voltas, que o mundo deu. Das votas, que tive que dar.
Perdi as contas, perdi-me nas contas e nos atalhos, que ao longo do trajeto...
... Deixaram-me, em retalhos, em frangalhos.
Muito chorei, ao perder, o par de sandálias...!
Não por apego, não...! Mas por estar descalçado...
... Entre farpas e espinhos, que me feriram, os pés.
É...! Andei sim, por vários caminhos...!
Perdi-me em alguns, em outros, me encontrei.
Lógico tive medo, muito medo...! medo das noites, sem luar...
... do oculto estelar, tive medo, da imensidão.
Medo das trevas, medo da escuridão...
Percorri... trilhe... por inúmeros caminhos.
Tortuosos caminhos... com sonhos, a conquistar.
Sem destino, vagando, pra lugar algum...
... Apenas caminhei... Caminhei... Caminhei...!
Fui companheiro da fome, do frio e da dor.
Saciei minha sede, com as lágrimas, que sorvei.
Ainda assim, profundo respirei... suspirei...
Não havia noção de tempo, nem de espaço.
Lentamente, segui cada passo, em meu compasso.
Mirando o horizonte vez ou outra, para traz, uma olhadela.
Imaginava... refletia... Não sei o que farei o que serei, nem aonde, chegarei...
Mas desejo, por onde passar, um fio de paz, amor e esperança levar, deixar...
*Adilson Tinoco*