A Decisão
Cinco estrelas brilharam,
o azul no céu apareceu.
O verde do gramado trouxe esperanças,
onze figuras celestes apareceram!
O grito da torcida azul foi mais forte,
o céu cobriu de fumaça.
As estrelas, eram mais de cem mil,
naquela hora tudo era alegria e medo.
Da natureza fizeram o gramado,
do gramado fizeram a arte da bola.
Naquele dia a sorte era apresentada pelos cruzeirenses.
Pelo da esquerda surgiu o tento especial e único!
No final era alegria,
era choro, emoção, era também desabafo.
A arte suprema balançou corações,
balançou até o estádio!
Na cabeça, no peito ou no pé a bola era recebida.
Nas mãos nem pensar.
Da esquerda para a direita era lançada,
na direção do gol foi travada!
De um lado para o outro a pelota caia de pé em pé.
Tratada com carinho, feito amor a uma donzela.
Num relâmpago ela entrou no canto e balançou a rede!
Com tristeza o adversário levou-a para o picadeiro.
Não houve violência,
na platéia houve respeito.
No palco houve raça,
amor na camisa azul e branco!
Quem nunca acreditou na cor celeste,
naquele dia passou a respeitar.
Emocionado também ficou,
porque era o único dos rivais!