A noite... que noite!
A noite penetrou a cidade
Tomou de assalto a Igreja
Subiu até sua alta nave
E proclamou o que almeja:
Suspender o dia e a tarde
O passeio pelas laranjeiras
Causar extremo alarde
Reforçar a intensa peleja.
A noite derrubou as traves
Da estupenda riqueza
Criada pela humanidade
E que se chama: nobreza.
Não aquela dos barões, da cidade
Mas aquela do espírito, da Realeza.