Casa de taipa
Porém, um dia foi erguida
Com braços de esperanças.
Rebocada, com o peso da fé.
Mourão fincado sem piedade
Lasca a lasca, sol adentro
Em cada fresta o vento que ardia
Numa claridade não tardia.
Chão batido...
Molhado com gotas de sonhos.
Cheiro de poeira assentada
Na terra dos desejos.
Nas noites enluaradas
Um furo no telhado
Virava um palco estrelado
Teatro da vida
"Alumiando" o cansaço da lida.
Fátima Lima