A VIDA
Seguir umas vagas quimeras, eis a vida!
É como lançar a mão vertendo sangue, entre espinhos;
Pelos caminhos, deixar o gemido e os farrapos da carne
Tragar o fel que existe nos vinhos
O veneno que morre em todas as panaceias
Todavia insiste entre as raízes e as ervas
Daqueles que vão de modo plangente
Gritar com lamento pelos caminhos;
Chegar, enfim exausto ao apogeu da idade
Ver que o jardim de encantos que sonhamos
Não desfaleceu, revés supremo
Ver que a felicidade ficou além, lá no vale onde tudo é obsedante