Paragem

O que emana do teu corpo,

pintura...

respira...

segunda...

uma vela apaga em uma ilha que acende,

ascende teu país com bons lençóis.

Carpe diem!

Sentimento não é volátil!

Uma leve tempestade, ceifa...

uma bruma...

Numa onda senoidal, intáctil.

Quem é a lua quando o sol não a ilumina?

Por que tantos porquês?

Em sua indefinida cor...

sobre minhas linhas que travam,

manda...

vai...

a ampulheta precisa parar.

Sabes navegar?

Confuso eu!

Ela sabe bem

sobre o tempo que abre

chovia felicidade

com marcas translúcidas

de uma sublime dor.

O fim me perturba...

não consigo reter

obsolescência programada,

fora de órbita

o dia insiste em nascer.

O desânimo não enterra o triunfo,

não suma, não se confunda

as últimas fichas do universo

entreguei ao regente,

se perca...

suave, sem pressa

sem trincheiras o cais espera

estenda sua mão sem medo,

venha!

o recomeço cura...

-Me dê um sinal!

Que em você escrevo eu

essa velha história

com um novo final.