O fim do mundo...
Canta que os homens choram
na esperança de uma aurora
na perdida de suas glórias
encontradas e malogradas
do retumbar da morte cala.
Os homens buscam perdão?
Iludidos sem fascinação
buscam na alma arrebatação
eles sonham e querem pendão
mas em tudo inexiste neles razão
é o fim de quem perdeu com isso quinhão.
No mundo de trevas e dor
onde se mata por faltar essência do amor
dizem que é ordinário quem amou
mas é elogiado o malvado ceifador
onde o mundo que mata e destrói?
Essa é longa causa dos sem heróis
e divagando perde com isso nós
no mundo mal, se mata, querendo ser tal.
É o fim do mundo desnudo de luz
que alavanca homens do pecado à cruz
por imaginar em tanto não amar, em tanto zombar
o fim das coisas é horripilante para querer sonhar
no mundo donde tudo inflama a matar
o fim do mundo é a verdade do deixar de plantar
e morre todos os seres a secar
sem esperança de poder na alma viver, ganhar.
Canta que o sol vai embora
nessa rima que me consome sem hora
canta que o mar é límpido e voraz
arrebata tudo por debaixo do teu cais
sedutora divisa o amor e condói o jeito atroz
és o fim da mulher de esperar parto ao sangue
porque nunca se viu nos Céus o nascer de rés
no orifício da cobra do mundo a regurgitar mudos
se perde tudo no segredo imundo.
É a menina que chora perdida
encontrando no amor ilusório garrido
ceifa desta era o pobre do beijar tolo
é o segredo de desejar nesta era muito lodo
canta que o segredo é virginal
da Terra cuspindo guerra fatal, filial e aguerrido
o fim é a lua desnuda na mestiçagem do cosmo
canta que nisto o sol encobre as estrelas longínquas
pois na vanguarda poética o fim do mundo é o início
copula por cima da deusa mística esse escrever...
Pois nasce e morre o mundo, todos se fazem adubos.
É o fim da geração mergulhada no vinho mais doce
quando o mesmo vinho embriaga quem nunca trouxe
de no coração perder palavras das trevas ao medo
geração que compartilha o trivil do popular segredo
quanto do fim és o mundo de gente batalhadora
floresce o mal e esvai a luz de prazer de querer de perder
na neblina da estrela violenta a perder calor no nada
incendeiam e desconstrói tudo no existir
canta que homens esbravejam nas trevas à rir.