Dos poemas que invento, finjo, tento
O sentimento, fingo
A dor, invento
Nos olhares que passam
Na Fragância do vento
Aviões que longe vão
Nos problemas em minhas mãos
Tudo é poesia
Não a minha vida fria
A quentura dos versos
quase sempre é o avesso
Meu apresso pela arte
Que de muitas vidas
Fazem parte
Como um casal de pássaros
que simplesmente passam
rasantes pelo ar
eu, instrumento
Escrevo o que não sei criar,