PENINHA DE SI MESMO!

Ninguém me disse onde poderia passar a próxima noitada, e nem perguntei também...

Vomitei até a bile e me vi refletido naquela gosma verde no chão do quarto, porque nunca fui o mais popular nem o mais engraçado...

Mas sempre fui o melhor aluno, o mais culto, o mais cabaço com bolas na boca...

E a vida seguiu, eu segui, e tudo seguiu num ritmo meio frenético e sem direção muito definida

Aí vieram aplicativos e redes sociais, e facilidades mil... e eu continuei fazendo textos com os três pontinhos...

Aos mestres da poesia me curvei com casta vergonha... não sou e nunca serei algo palpável tampouco crível.

Ok, o mundo vai girar e lá ficarão minha auto-comiseração e a peninha de si mesmo... e a gosma verde que antecederam essa pataquada.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 07/01/2018
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