UM SOPRO
Fiz grandes poemas e li muitos livros, o que me serviu bem pouco no âmbito geral...
Sim, eu adoro os três pontinhos no fim da frase e adoro as questões que permanecem no fim da frase...
Sim, o mundo me entedia e vejo nele uma ressaca tremenda... mas também me perco em horizontes inexplorados e praias nunca visitadas!
Sim, nele vejo uma janela muito aberta e muito bonita... mas vejo uma podridão chegando e muito pouco em reverso...
Sim, ainda sou adepto de Schopenhauer e ainda acho graça nos chistes da velha guarda...
Sim, sou o espelho de algo velho, de uma era que já foi... mas resisto, como um eco.
E sopro, quase sem fôlego, mas sopro.