Vinhais do poema e do amor.
O poema destilou
solenemente da taça de baco,
embriagou homens e mulheres
com o néctar do verbo incandescente.
Tornou-se em sangue a correr nas veias
dos corações embriagados pela última
gota de inspiração vermelha, enofilia transnoitada,
vinhais de saudades efêmeras.
Embriaguês poética a correr pelos cachos dos
cabelos de ouro de Afrodite, que apaixonada
pelos encantos de Dionìsio adormeceu sobre os tonéis
das paixões delirantes, sob o canto excitante
das musas que dançam continuamente, sobre os efeitos
eternos dos vinhos que brotam das fontes dos amores incontidos...