Dançando...
Dançando sobre o meu cadáver,
Sorrias como uma criança feliz!
Nem sabias do fato,
Que os seus pés pisoteavam,
A minha carcaça infeliz!
E se meus lábios lançaram,
Palavras doces aos seus ouvidos,
Eram antes murmúrios,
Dum ente perdido!
Meus sonhos haviam sido estilhaçados,
Como que por uma pedrada lançada numa vidraça!
Se meus olhos brilharam,
Foi pela influência da tua própria luz!
Se meus membros te abraçaram,
Foi pela força com que pisavas em mim...
E dançando e sorrindo,
Lanças-te as minhas chagas, pra outras vagas...
Ingênua e feliz,
Arrancas-te de mim o espectro da morte,
Troces-te outros rumos,
Outro norte, para eu seguir!