Boa noite, Esbórnia

E toda tarde

Algazarra

À porta do bar

Vozes violões

Mesas irmanadas

Tinir de copos

Bolas de sinuca

E o povo da Fábrica

Depois do apito

Passando em frente

Guarda-chuvas pendurados

Na gola da camisa

Vidro de café

Lanterna de bolso

Fiapos de algodão

Nos cabelos e no rosto

De volta da lida

Alforriados temporários

Saudando conhecidos

- Boa noite, Esbórnia!

Alguns mudavam de rumo

Perdiam o caminho de casa

E se uniam aos rebeldes

Hipotecando o fígado

Aliança e alcova nupcial

- Deus é o gerente de tudo,

É dele o apito final!

William Santiago
Enviado por William Santiago em 05/01/2018
Reeditado em 16/01/2018
Código do texto: T6217687
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