Boa noite, Esbórnia
E toda tarde
Algazarra
À porta do bar
Vozes violões
Mesas irmanadas
Tinir de copos
Bolas de sinuca
E o povo da Fábrica
Depois do apito
Passando em frente
Guarda-chuvas pendurados
Na gola da camisa
Vidro de café
Lanterna de bolso
Fiapos de algodão
Nos cabelos e no rosto
De volta da lida
Alforriados temporários
Saudando conhecidos
- Boa noite, Esbórnia!
Alguns mudavam de rumo
Perdiam o caminho de casa
E se uniam aos rebeldes
Hipotecando o fígado
Aliança e alcova nupcial
- Deus é o gerente de tudo,
É dele o apito final!