Irnamargem
como barcos da vida passamos
a servir como balanças
pese seu bem, pese seu sentimento
veja muito bem
quem voce distribui o seu lamento
se a faca tem dois gumes
ela não fica parada
pode ser que pare no seu pescoço
ou suas costas seja esfaqueada
a confiança não é recuperada nem com fiança
pagamos pecados que não cometemos
na minha falha jogo tudo nas costas da esperança
é muito mais que um só caminho
é ó destino que liga cada fio dessa aliança
não é de metal, como a bala traçando no céu
cai mais um "marginal"
se seu universo entra em colapso basta unir versos para que o fim nao seja tragico
como o eterno e triste vazio da mãe
que em prastos perde mais um filho
e arranca seus fios na esperança de haver algo que esquente nesse frio
todo mundo fala, é passageiro
se é passageiro eu to nesse trem e puxo a porra do freio
grito pra geral me ouvir
passa ligeiro
que a policia entra no morro de pente cheio
a disposição do demonio na garoa fina
passa nas vielas e só uma luz culmina
a sentença foi dada
o juiz passa por nós, nem nos olha, na sua barca diplomata
voce olha a esquerda e ve a mata
tão verde que quando se depara com a selva de pedra
a angustia te mata
mais um degrau da escada subo
mas nois é vandalo mesmo tia, sobe em cima do muro
ela me pergunta o pq
e eu respondo
"é pq da pra ver melhor a luz daqui do que se fosse nesse vazio do mundo"