Os brinquedos da vida

Bolinhas de gude não ferem a terra

Amarelinhas não matam espaço

Brincando de amor com a guerra

Poema solto, em papel almaço

Esconda-se, que eu saio a procurar

Conte até 100, ou até mil para sumir

Nunca referência é número impar

Comodismo é forma de se iludir

Vive-se catando tesouros pelo mundo

Cate aquele anel, se é anel passado

Não vasculhe o baú até o fundo

Assista teatro, em maranhão empinado

Corte o pé, faça maratona do pique

Alvoroce o galho, ameace o ninho

Que a tira do estilingue se estique

Mas sem colocar em risco o passarinho

Balões, um mundo permeado por fantasias

Que mascaram os heróis, e salvam o planeta

Um mundo que o tempo de crescer esvazia

Sou platéia em dirigível, e de lá uso luneta

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 04/01/2018
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