DESABAFO DESATINADO

Estou condenado ao mais ralo cotidiano,

Aos dias rasos de um verão insuportável,

Onde a vida passa de graça em direção ao nada.

Nenhuma novidade me esperará amanhã

Quando eu apodrecer em um ponto de ônibus

Perdendo novamente o horário do trabalho.

A cidade tem problemas demais

E se quer nota meus dilemas.

Para o universo eu nem mesmo existo.

Apesar de toda esta ansiedade,

Este drama que me consome.

Melhor beber um pouco de televisão

E esquecer isso tudo...