O TEMPO VAI
 
Na balada das horas
que martelam noite a dentro,
eu dou as costas pro mundo,
e saio a andar por aí.
Aonde vou? Nem pergunto.
Não tenho destino, nem meta,
apenas busco a estética,
ou o som dos violinos
que se perde pelo ar.
Muita gente me observa
fazendo conjecturas.
Mas qu'importa se é loucura?
Loucos, todos nós somos um pouco...
Cada um sabe de si,
eu sei de mim, tu de ti,
para que se incomodar?
O meu tempo eu mesmo invento,
quanto ao teu... há de chegar.