Duas Rodas
Aqueçam os motores
Pra um novo trajeto
Pois quem é inquieto
Não pode parar
Destino é consequência
Pra quem pega a estrada
Uma nova jornada
Já vai começar
Encontrar a fonte
Lá atrás do monte
Ou quem sabe outra ponte
Para atravessar
Na sina estradeira
De cruzar fronteiras
E buscar histórias
Pra poder contar
Liberdade é tudo
É o vento na cara
Uma noite clara
Pra poder sonhar
Encontrar guarida
Num estilo de vida
E voar em asas
Pra se libertar
Ao voar sem asas
Sobre duas rodas
Não me incomoda
Ronco e vibração
Pra rodar sem rumo
No instável aprumo
Sinuosa estrada
Da imaginação
“Aos 46 anos de idade aprendi a andar de motocicleta, nunca mais parei, conheci lugares, pessoas, caminhos e paisagens, tudo isso aos sabor do vento, sem atropelos nem correrias