HOMENAGEM A MÁRIO QUINTANA
Quintana,
tinha olhar sereno
como água de cacimba
Foi um mito da alegria,
andar lento,compassado,
em ritmo de poesia
Figura bem singular
gostava da solidão
Não dispensava os fantasmas,
nem filmes de assombração
Imaginava que anjos
cantavam em seu telhado
e que seus sapatos velhos
eram dois barcos encalhados
Tudo era encantamento,
Seu mundo era só magia,
querubins e velhas bruxas
no espanto da fantasia
Foi arquiteto do verso
Foi fabricante de sonhos
Foi um criador de frases
Aprendiz de feiticeiro
Foi uma velha criança
Foi uma criança velha
Tudo isso e muito mais
Agora é "folha levada
no vento da madrugada,
agora é um pouco do nada
invisível ,delicioso!"