A Minha Arte de Fazer Poesia

Querem saber mesmo? Passado mais de ano

Em que uma louca amiga, em momento insano,

Olhando os meus rabiscos, declarou:

“Isso são versos, és um poeta, meu amigo!”

Ainda não acredito, mas, na dúvida, vou

Publicando rabiscos. E que são versos, eu digo!

E se, de fato, sou um poeta, eu diria

Que a arte de fazer a minha poesia

É a arte de tentar dizer o indizível!...

Não importa a forma nem que estilo busco;

Importa é, nas palavras, tornar visível

Minhas sombras e luzes, o meu lusco-fusco!...

O subitâneo marejar dos olhos, o festivo

Despontar do sorriso, o nascer de um vivo

Bem-querer, a esperança que no peito fenece,

A ilusão do novo amor, a um tempo acre e doce,

O emergir da saudade de alguém que não se esquece...

Versejo para descrever isso como se possível fosse!...

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 24/08/2007
Reeditado em 17/10/2008
Código do texto: T621513
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