Reencontro
No dia que te perdi
Pelas curvas da estrada
A vida ficou nublada
E a alma indefesa
Sequer uma vela acesa
Pra iluminar o caminho
E nessa angustia sozinho
Eu me chamava tristeza
Com tantas dores e avessos
Foram ruindo meus sonhos
E no meu olhar tristonho
Uma visão em degredo
A minha sina um enredo
Um desespero total
Nesse momento fatal
Passei a me chamar medo
Penando a tua ausência
Andei sem rumo ao relento
Meu fardo, meu sofrimento
Tornava amargo meu pão
Quase perdendo a razão
Por essa dor que consome
Mudei novamente o nome
Passei a ser solidão
Com o peso desta “bagagem”
E a auto-estima arrasada
Inventei nova alvorada
Que clareou minha andança
Uma luz onde se alcança
Liberdade e alento
Assim ao sabor do vento
Fui nomeado esperança
A estrada que separa
Pode unir novamente
A flor nasce da semente
Que plantamos lá atrás
Um novo ciclo se faz
Envolto em luz e verdade
Hoje sou felicidade
Por ter te encontrado... Paz.