SOB O RUÍDO DO VENTO.

Brisa fria noite longa,

quente amor a levitar

me vem a lua de prata

com sua cara regata

louca pra me encantar.

Poema pobre de rimas

poeta em depressão

só sei que o dia me leva

pras bandas lá do sertão.

Sei lá, meu bem

se mundo anda pra traz

o que ponho neste verso

não há quem deva cantar.

Vem correndo em disparada

meus braços é seu cobertor

na brisa fria da noite

o nosso amor se encontrou.

Vem sim, vem não

o céu nos da atenção

no encontro de tantas águas

destes dois ribeirões.

Não chore o tempo que foi

pense no que virá

se nosso amor convergir

e nossos corpos se encontrar.

Brisa fria noite longa

nas margens dos ribeirões

nossos corpos a deriva

nas relvas frias do chão.

A noite que dedilhava

a musica da imensidão

os vaga-lumes tão belos

eram nosso lampião.

Sei lá, meu bem

o que vai acontecer

só sei que a vida é breve

bem mais do que um querer.

Amor quente a levitar

sobre o silencio da noite,

as mãos do tempo é isso

é um pesado açoite.

Você lá, e eu aqui

noite fria, amor quente

vou encerrando o poema

sob o ruído do vento.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 31/12/2017
Reeditado em 31/12/2017
Código do texto: T6213560
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