FILHO PROSCRITO
Barbalha, minha Barbalha,
como serei perdoado?
Homenagear-te não consigo,
geraste um filho tapado.
O digno filho poeta,
enaltece sua cidade.
Tentei, juro que tentei,
faltou-me capacidade.
Prosar dos engenhos?
Do verde canavial?
Do meu umbigo enterrado
na porteira do curral?
Ninguém mais atura...
Para o rio Salamanca
não achei a rima ideal,
e não tenho mais dentes
pra tua doce rapadura.
Reivindicar-te as chaves,
meu Deus!! nem pensar,
o gesto não seria acordado,
aliás, evito te visitar
receoso em ser trancado.
Barbalha, minha Barbalha,
como serei perdoado?
Homenagear-te não consigo,
geraste um filho tapado.
O digno filho poeta,
enaltece sua cidade.
Tentei, juro que tentei,
faltou-me capacidade.
Prosar dos engenhos?
Do verde canavial?
Do meu umbigo enterrado
na porteira do curral?
Ninguém mais atura...
Para o rio Salamanca
não achei a rima ideal,
e não tenho mais dentes
pra tua doce rapadura.
Reivindicar-te as chaves,
meu Deus!! nem pensar,
o gesto não seria acordado,
aliás, evito te visitar
receoso em ser trancado.