MOCIDADE

Sem pressa

Pra ficar distante,

Você se acomoda docemente,

Nos braços do passado.

Seu viço e

Sua inquietude,

Cedem lugar

À paciência e ao desejo

De ser presente,

De ser constante,

No dia-a-dia

De quem não é recente,

E não mais possante,

Buscando a calma

E caminhando lento,

Contando os dias

Que se passaram,

Valorizando os dias que faltam viver.

Hoje,

Tua impetuosidade

Provoca risos.

Tua lembrança,

Faz renascer.

Se não fosse tarde,

Não me acharia velho,

Mas se fosse moço,

Como viver?

Amanhã,

Um sorriso aberto

Encantará o mundo

E novamente,

Vais acontecer.

Abrindo frestas

Num presente lindo,

Correndo risco e apagando incêndios,

Açoitando o tempo

E fazendo história,

Mostrando a quem hoje escreve,

Como é a vida,

O que é viver.

Mocidade,

És eterna.

No agir dos moços,

No pensar dos velhos.

Rui Azeedo -24.08.2007

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 24/08/2007
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