A tristeza liberta
Sei, a minha poesia é muito triste, dorme ao relento
Rejeita as estrelas, fecha-se para não ver a lua,
Dorme contemplando as nuvens,
Ouve o que não quer, reluta contra os ventos.
Embriaga-se de solidão, minha poesia tão sem doçura.
Voa livre com os pássaros, e se emociona,
Sente saudade, descansa nas árvores.
A tristeza liberta,
O amargor da alma não mente, pousa nos livros
Silenciosamente, abraça a loucura.
Rejeita as estrelas, fecha-se para não ver a lua,
Dorme contemplando as nuvens,
Ouve o que não quer, reluta contra os ventos.
Embriaga-se de solidão, minha poesia tão sem doçura.
Voa livre com os pássaros, e se emociona,
Sente saudade, descansa nas árvores.
A tristeza liberta,
O amargor da alma não mente, pousa nos livros
Silenciosamente, abraça a loucura.
A minha poesia é sofrida, lambe feridas da alma,
Chora à negação de um abraço, dum amor
sem realização, vã esperança, irmã da decepção...
A minha poesia ora carrancuda, deprimente,
Segue poesia, vai sem fingir alegria.
Vai sem rumo, sufocada
Calando,
Em suas estradas.
O adeus foi mais que infinito, aturdido existir,
Gritando louco, o amor desfeito.
Gritando louco, o amor desfeito.
Por ironia, ainda sorri.
Vai, poesia, desaparece no tempo, feito poeira,
Vai, poesia, desaparece no tempo, feito poeira,
Há distância garantida, para uma vida inteira.