Diana *
Aos apelos do coração
Digo que Não
O silêncio
É a resposta concreta
Do meu infinito abstrato
Onde eu sou mais bela
Mostro-me rígida e impassível
Com meu rosto de esfinge
Muda e telepática
Escondo mistérios
Debaixo da minha rústica
armadura de contingência
Se não fosse mais de Vênus
Seria de Marte
Todavia nesta guerra dúbia
Sou uma Diana impávida
Finjo não sentir
Não sofrer
Não ver
Não ouvir
Os apelos do coração
Selvagem de poeta
E de mulher
Que diz ao indubitável amor
Não.
Deusa da lua e da caça. *