GIRINO – O BALANÇO
GIRINO – O BALANÇO
“O Espaço a fronteira final” plagio?
É apenas uma citação uma tanto frágil.
Na ficção que tem minha idade, irrealidade,
Sou um senhor idoso que não mostra idade.
Este ano muitas pesquisas para Marte,
É a vida que copia toda a forma de arte...
Na medicina, na sociologia, na comunicação,
É tudo uma evolução, mas ecologia faltou ação.
Mas o planeta Terra esta mais quente,
Não precisa ter telescópio e nem lente,
Vemos desgelo enorme no polo norte
E o urso polar tendo uma triste morte...
Não temos uma Interprise para daqui fugir,
O universo é infinito então para onde ir?
A violência parece que aumenta sem fim
Seria o fim ou está se alastrando ao confim?
Não tenho uma resposta para a incerteza,
Queria ser logico como um que de beleza,
Um Vulcano da ficção tendo toda resposta
Mas vejo nos cruzamentos a vida, e ela é b...
Queria ser um anfíbio e não ter uma consciência.
Ou nunca em lugar algum ter estudado ciência.
Violência e falta de amor e somos só girinos,
Sou brasileiro, mas somos brancos e latinos,
Somos o Brasil de negros e de belos orientais,
Somos um e cada qual ocupando vários papeis
Creio em Buda, Tupã, nos Orixás e em Macumba
Assim como sendo brasileiro tenho medo da tumba,
Tumba que pode entrar na minha vida numa bala.
Ou então numa covardia que não se cala...
A Bjork canta músicas alternativas estranhas,
Mas música ruim comanda todas as entranhas...
Há palavrões na musica do meu pais varonil,
Vulgaridade sendo aplaudida sob um céu anil.
As pererecas estão desalojadas das poluídas lagoas
Os girinos não têm agua para que se tornem pessoas,
Perco a rima nas minhas tristes metáforas,
Tento retornar as ideias e me perco nas anáforas
Nesse ano apenas sobrevive aos gnomos e fadas
Fui peão, girino sem cauda e não tive criadas
Não pulei além do muro que me prendia aqui,
Não tive coragem de alçar voo como um colibri,
Mas num Brasil de perdidos não foi o único assim
E para o dia novo que nasce tenho esperança sem fim
André Zanarella 26-12-2017