Fugaz
Na vida que finda,
Só ida...
Na vida que fica,
Sina.
Saudade
o sal da igualdade,
O amargor sem tempero
Tragado garganta abaixo.
Sem retorno,
Sem regresso,
Lágrima que desce a ladeira do olhar.
Acabou!
Como, se tão pouco durou?
Ínfimo,
Sorrateiro,
Volúvel.
Só ensinou que veio para partir
Que o querer tem fim
Sem recomeço.
Voltar,
Retroceder,
Não mais!
Acabou, qual barco que chega ao cais.
Retrato tirado, apagado
Que o tempo não trás.
Quem fica, não escolhe
Só acolhe a dor.