Fugaz

Na vida que finda,

Só ida...

Na vida que fica,

Sina.

Saudade

o sal da igualdade,

O amargor sem tempero

Tragado garganta abaixo.

Sem retorno,

Sem regresso,

Lágrima que desce a ladeira do olhar.

Acabou!

Como, se tão pouco durou?

Ínfimo,

Sorrateiro,

Volúvel.

Só ensinou que veio para partir

Que o querer tem fim

Sem recomeço.

Voltar,

Retroceder,

Não mais!

Acabou, qual barco que chega ao cais.

Retrato tirado, apagado

Que o tempo não trás.

Quem fica, não escolhe

Só acolhe a dor.

Tânia Mara Paula
Enviado por Tânia Mara Paula em 26/12/2017
Reeditado em 26/12/2017
Código do texto: T6208495
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