Inconformada
Sem preferir o dia, sem amar as noites,
Sem disfarçar a sua dor, via rostos.
Sem disfarçar a sua dor, via rostos.
À sorte,
A própria alma sequer, queria ouvir.
A própria alma sequer, queria ouvir.
Não nasceu mendigando, aos poucos
Assim a sua vida o transformou
Num ser, que não tem para onde ir.
Assim a sua vida o transformou
Num ser, que não tem para onde ir.
Ouvia vozes, era inevitável,
Mas não queria ninguém por perto,
A sua vida, por dentro e por fora o isolou.
Em seu mundo,
Sem atenção, sem ninguém e sem cobertor.
Conformado, vivia.
Aqui pelo menos eu sou alguém,
Porque
Sou somente mais um que mora na rua.
Mendigo o pão, mas não o amor,
Inconformada, lamento o que para ele restou.
_ Liduina do Nascimento
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Aqui pelo menos eu sou alguém,
Porque
Sou somente mais um que mora na rua.
Mendigo o pão, mas não o amor,
Inconformada, lamento o que para ele restou.
_ Liduina do Nascimento
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